quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

"Já tive amores doentios,


"Já tive amores doentios, daqueles que você passa dias chorando e esperando ele voltar. Já tive amizades desonestas, que me roubavam segredos para depois espalhar. Já fui trocada, já fui a boba, já senti o sabor da decepção, já acreditei em mentiras esfarrapadas, já mudei de calçada, já chorei embaixo do chuveiro, já rasguei cartas, já queimei fotos, já esqueci de tudo, já amei de novo e passei tudo de novo.
Hoje sou tudo que não fui. Me abalo menos, me importo menos, me envolvo menos e não me machuco mais. Aprendi a não depender de quem não depende de mim. Me viro, reviro, desviro do avesso para conseguir tudo o que eu quero. Não meço esforços para a felicidade, pois a minha ambição não existe um tamanho exato. As minhas prioridades não são mais as mesmas, mudei de canal, mudei de filme, mudei de livro, mudei de opinião, mudei de endereço e mudei de rumo para encontrar a paz"

Amo-te às dez da manhã,



Amo-te às dez da manhã, e às onze e as doze do dia. Amo-te com toda minha alma e com todo o meu corpo, às vezes, nas tardes de chuva. 
Mas às duas da tarde, ou às três, quando me ponho a pensar em nós dois, e tu pensas na comida ou no trabalho diário, ou nas diversões que não tens, ponho-me a odiar-te surdamente, com a metade do ódio que guardo para mim.

Depois volto a amar-te, quando dormimos juntos e sinto que foste feita para mim, o que de algum modo me dizem o teu joelho e tua barriga, que as minhas mãos me convencem disso, e que não há outro lugar onde eu vá, melhor que o teu corpo. Tu vens toda inteira ao meu encontro, e os dois desaparecemos um instante, entramos na boca de Deus, até que eu te digo que tenho fome ou sono.
Todos os dias te amo e te odeio irremediavelmente. E há dias também, há horas, em que não te conheço, em que me és estranha como a mulher de outro. Preocupam-me os homens, preocupo-me eu, distraem-me as minhas mágoas. É provável que não pense em ti durante muito tempo. Já vês. Quem poderia te amar menos que eu, meu amor?
Jaime Sabines.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Como ser livre de verdade?

Como ser livre de verdade?
Desenvolvendo a capacidade de se desapegar, de principalmente entender que a sua felicidade não depende necessariamente de coisas, bens ou conquistas materiais.
Isso não quer dizer que você não poderá aproveitar bem as coisas do plano físico, claro que sim! Senão a gente nasceria em um plano espiritual. E por que nascemos no plano físico? Porque aqui se reúnem as condições básicas para o espírito de qualquer pessoa evoluir. Porque o nosso aprendizado espiritual inclui desenvolver o equilíbrio sobre as coisas materiais e o apego. Por isso precisamos nos entender com as coisas da Terra". Não podemos ser hipócritas dizendo que o dinheiro é ruim ou que traz problemas. De maneira alguma, já que os problemas e infelicidades são oriundas da mente humana sintonizada em frequências baixas. O dinheiro é a energia da terceira dimensão. O dinheiro é o fluido vital do mundo físico. Mas como toda energia, ela pode ser usada para o bem e evolução espiritual, como também para a destruição e para o mal.
A pior escravidão é aquela que acontece em função dos apegos, em que a pessoa tem a ilusão que precisa necessariamente de coisas e pessoas para ser feliz. Muitos atribuem a arte de encontrar felicidade a uma relacionamento ideal, a um emprego bom, um carro do ano, uma casa na praia. Todas essas coisas, se aproveitadas com equilíbrio, podem complementar felicidade na vida de qualquer pessoa, jamais completar, o que é bem diferente. Complementar quer dizer aumentar algo que já existe. Completar quer dizer preencher algo que está vazio.
Ninguém, externamente, pode completar dentro de você um vazio que você pelo seu descaso, ou descuido consciencial, gerou. Se você gerou internamente esse vácuo na sua alma, também é internamente que você conseguirá criar soluções para abastecer esse vazio.
As pessoas e coisas materiais podem sim lhe servir de veículo para que você aprenda o mais rápido possível como evoluir e, definitivamente, achar internamente a solução. Na verdade, essa é uma das principais funções de todo o externo: ajudar a entender o interno.
Você só poderá ser feliz e livre quando abandonar completamente esses vícios que você alimenta paras sustentar essa felicidade baseada em recursos externos. Porque vícios se definem como algo que você quer e não consegue parar de querer. Os vícios não são necessariamente os mais falados como drogas, álcool, fumo, jogos. Esses estão completamente mapeados pelos homens, e são reconhecidos por todos. Refiro-me aos vícios de comportamento e principalmente os de relacionamento.
Se você não consegue se comportar de forma diferente e nova, mesmo sabendo que seria melhor para você, é porque você está viciado nesse comportamento, porque ele lhe traz uma emoção viciante, que você não está conseguindo viver sem.
Se você não consegue viver sem uma determinada pessoa, seja cônjuge, filho, pai, neto, é porque você está viciado na emoção que isso lhe gera, está aprisionado a essa repetição. Pode ser que o que eu vou lhe dizer o assuste um pouco ou até lhe gere desconforto, pois quando pensei nisso, na primeira vez, também rejeitei à primeira vista: se sua felicidade depende de alguém, seja um neto, filho, namorado, marido, esposa, pai, mãe, etc.. Acredite, você é um obsessor vivo da pessoa a qual você acha que depende para ser feliz.
O desapego são as asas da liberdade, pois se você entender que cada ser tem sua missão, que cada pessoa tem uma finalidade e que tudo, na verdade, é temporário, mas que a alma é imortal, provavelmente, você já comece a encontrar um certo conforto.
Se você não pode nem imaginar a possibilidade de perder o seu emprego, ou se não consegue aceitar que um dia seus parentes queridos vão falecer, ou que seu cônjuge pode simplesmente querer se separar, sinto muito, mas você é quase um escravo da vida, e está longe de ser considerado uma pessoa espiritualizada.
Busque aumentar sua autoestima internamente com atitudes simples, priorize sempre seu crescimento espiritual, adquira um compromisso consigo e em muito pouco tempo você começará a colher resultados muito favoráveis ao seu crescimento consciencial, criando desapego, aumentando a fé e lhe causando a sensação real de paz, alegria e liberdade.
Bruno J. Gimenes.


Tolerância, o caminho para a felicidade..

Tolerância, o caminho para a felicidade..
Tolerar é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, procurando compreender e aceitar, da melhor forma, as diferenças com relação ao comportamento alheio. Olhando ao nosso redor não fica difícil constatar que a cada dia cresce o número de pessoas intolerantes no mundo, seja na família, no trabalho e, principalmente, no trânsito.
Dia destes, vendo televisão, deparei-me com um homem que estava parado ao lado de um ônibus num trânsito bastante caótico. De repente, ele saiu pela janela do seu carro, quebrando aos socos o vidro do motorista do ônibus; agredindo-o de forma violenta, quem sabe, por algum motivo banal. Numa outra situação, diante de uma fechada brusca, um motorista persegue o outro e acabam se agredindo no meio da rua.
Numa situação destas, percebe-se que as pessoas, de modo geral, estão "explodindo" por muito pouco, totalmente fora do seu controle emocional. A pergunta é: onde iremos parar com isso tudo?
Como será a geração futura das nossas crianças, quando presenciam tamanha barbaridade? São perguntas simples, porém, importantes para que possamos começar a nos conscientizar da total intolerância que vivenciamos. Somente através de uma conscientização, fazendo uma revisão geral na nossa vida, com relação às nossas posturas, valores e crenças, é que poderemos dar início a uma profunda mudança de comportamento.
Não podemos modificar o outro, mas podemos modificar a nós próprios, principalmente, com relação aos erros alheios.
Saber dos nossos limites, onde começa o meu e termina o seu, torna-se fundamental para o respeito mútuo. Se pararmos para observar, quando estamos desequilibrados, tudo parece conspirar para que a situação vivenciada aumente de tamanho, ou seja, a irritação, desconfiança, medo e insegurança tendem a ser tornar nossos maiores inimigos.
Quantas vezes nos deparamos com pessoas que reagem de forma agressiva ante as adversidades da vida e depois acabam se arrependendo amargamente de suas atitudes impulsivas.

Antes que possamos pensar em agredir alguém, seja, física ou verbalmente, é importante pararmos para analisar se a situação fosse inversa; ou seja, e se fosse comigo? Ou ainda, qual será a consequência de minha atitude.
Pensar, antes de tomar qualquer atitude impulsiva, sempre foi a melhor opção para o treinamento da tolerância.
Conta uma lenda que um sábio, diante de seus discípulos perguntou:

- Como vocês reagiriam diante de uma pessoa que lhe desse um tapa no rosto?
- O PRIMEIRO respondeu: "Mestre, com certeza eu lhe agrediria da mesma forma, revidando o tapa".
- O SEGUNDO disse: "Também devolveria o tapa, reagindo com mais violência".
- O TERCEIRO continuou: "Não reagiria à agressão; porém, muito ofendido e magoado lhe questionaria as razões para tamanha violência".
- O QUARTO finalmente respondeu: "Não reagiria. Nutriria pelo mesmo um enorme sentimento de compaixão lhe questionando: o que houve com você? Posso ajudá-lo de alguma forma?

Exercitar a tolerância nos permite ver as situações de formas diferentes, procurando de alguma forma elevar nosso nível de consciência, para que não nos joguemos diante das situações de forma impulsiva e descomedida. Quanto mais consciente uma pessoa é, mais chances terá de ser tolerante com seus próprios erros e também, com o dos outros.
Tania Paupitz


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Um dia peguei um táxi para o aeroporto.



Um dia peguei um táxi para o aeroporto. 
Estávamos rodando na faixa certa quando um carro preto saiu de repente
do estacionamento direto na nossa frente. 
O taxista pisou no freio bruscamente, deslizou e escapou de bater em outro carro, 
foi mesmo por um triz! 
O motorista desse outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. 
Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. 
E ele o fez de maneira bastante amigável. 
Indignado lhe perguntei: 
‘Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro, 
a nós e quase nos manda para o hospital?!?!’ 
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo 
de “A Lei do Caminhão de Lixo.” 
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. 
Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, de raiva, traumas e desapontamento. 
À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar 
e às vezes descarregam sobre a gente. 
Nunca tome isso como pessoal. 
Isto não é problema seu! É dele! 
Apenas sorria, acene, deseje-lhes sempre o bem, e vá em frente. 
Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, 
EM CASA, ou nas ruas. 
Fique tranquilo… respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR. 
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia. 
A vida é muito curta, não leve lixo com você! 
Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações. 
Ame as pessoas que te tratam bem. 
E trate bem as que não o fazem. 
"A vida é dez por cento do que você faz dela e noventa por cento da maneira como você a recebe!”
Arnaldo Jabor

domingo, 24 de janeiro de 2016

SOBRE RAÍZES E ASAS:




O mundo está dividido em diversos tipos de pessoas: as que gostam mais do mar, as que preferem campo.
As que esperam o inverno, as que aguardam com afinco o verão.
E existem também as que ficam e as que vão.
Não é fácil ser do tipo que fica, nem do tipo que vai.
Por vezes, quem fica sente vontade de ir, já quem vai sente uma imensa vontade de ficar.
É difícil entender que não há possibilidade de ter asas e raízes ao mesmo tempo, ou então jogar a âncora na areia e içar velas.
Você faz ou um ou outro.
Algumas raras pessoas conseguem mudar, afinal estamos em eterna mudança, mas é difícil aquietar algo que já vem dentro da gente.
Aqueles que ficam sentem-se bem assim, e abandonar – pessoas, lares, cidades, lembranças, é algo muito difícil.
Quando a vida os incita a ir, eles preferem continuar ali.
Por vezes, são chamados de acomodados – anos no mesmo emprego, anos com a mesma pessoa, nunca deixou sua cidade.
E a vida, e o mundo?
Esses questionamentos podem mexer com eles, atiçar algo em seus corações, mas quando olham à sua volta, apenas entendem.
Podem ir, desde que a condição seja voltar, rapidamente.
Eles querem ficar.
Ah, as pessoas que vão…
Deixem-nas ir.
Não significa que elas não amem, não sintam saudades, não se importem – apenas o coração delas é grande demais, e elas precisam sempre estar em expansão.
Quando enclausuradas, sofrem muito.
Não cabem em escritórios, não cabem em ternos, não cabem em si – movimento é a palavra de suas vidas.
Alguns acham que esse tipo de pessoa é indecisa, inquieta e até frustrada, pois parecem estar sempre em busca de respostas.
Não. Na verdade, pessoas que vão não se importam tanto com as respostas – seu combustível é feito pelas perguntas.
Questionam o tempo todo, pensam o tempo todo, observam o tempo todo.
Encantam-se pela quantidade de maravilhas que o mundo pode oferecer, seja em uma cidade da moda como Paris ou num boteco abandonado de esquina.
Acontece, por vezes, de pessoas que ficam se apaixonarem por pessoas que vão.
Daí a vontade de içar e ancorar, criar raízes e voar, correr e ficar parado.
Eu poderia aqui escrever conselhos, poderia dizer fica, vai, espera, aceita.
Mas nada posso dizer.
O amor é movimento, energia, é vida pulsando dentro e fora de nós, e exatamente por isso é muito pessoal.
A única coisa que me arrisco em falar é: Sinta. Se permita.
Amplie o sentimento, não guarde para si.
E aceite o tipo de pessoa que o outro é também.
“É difícil aprisionar os que tem asas”, disse o poeta.
Também é difícil arrancar os que são feitos de raízes.
CRISTINA SOUZA


Dê um sorriso pra vida...




Dê um sorriso pra vida, ela é muito bela para não ser vivida. 
Deus nos dá todos os dias uma nova oportunidade de ser, de ter e de conquistar. 
O que limita nossos sonhos é nossa fé. 
E se de repente aparecer pedras no caminho... não tenha medo, tenha coragem, ultrapasse com a certeza de que Deus não te levará por caminhos em que a sua força não possa estar. 
Então, seja leve, seja forte, tenha Deus, e terás tudo o que precisa. 
Yla Fernandes

Só dê ouvidos a quem te ama...



Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa. 

Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus. Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer. 

Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.

Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro. 

Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar. 

Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.

Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo. 

Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas. 

O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito. 
(Padre Fábio de Melo)

CHORO DE MULHER..




Um garotinho perguntou a sua mãe: 
- Mamãe, por que você está chorando? 
E ela respondeu: 
Porque sou mulher... 
- Mas... eu não entendo. 
A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse: 
- Meu amor, você jamais iria entender!...
Mais tarde o menininho perguntou ao pai: 
- Papai, por que mamãe às vezes chora, sem motivo? 
O homem respondeu: 
- Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo.... 
Era tudo o que o pai era capaz de responder 
O garotinho cresceu e se tornou um homem. 
E, de vez em quando, fazia a si mesmo a pergunta: 
Por que será que as mulheres choram, sem ter motivo para isso? 
Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus: 
- Senhor, diga-me... 
Por que as mulheres choram com tanta facilidade? 
E Deus lhe disse:
- Quando eu criei a mulher, tinha de fazer algo muito especial.
Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro... Porém suficientemente suaves para conforta-lo! 
- Dei a ela uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos! 
- Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros entregam os pontos! 
- Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito .... 
Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência! 
- Porém, para que possa suportar tudo isso, 
Meu filho... Eu lhe dei as lágrimas, e são exclusivamente suas, para usa-las quando precisar.
Ao derrama-las, a mulher verte em cada lágrima um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade! 
O homem respondeu com um profundo suspiro... 
- Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã de minha esposa... 
- Obrigado, Meu Deus, por teres criado a mulher.

Homem e Mulher..




O homem é a mais elevada das criaturas; A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro; A mulher é o coração. O cérebro fabrica a luz; O coração, o amor. A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão; A mulher é invencível pelas lágrimas. A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; A mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código; A mulher é um evangelho. O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário. Ante o templo nos descobrimos; Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha. Pensar é ter , no crânio, uma larva; Sonhar é ter, na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago. O oceano tem a pérola que adorna; O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa; A mulher é o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço; Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; A mulher, onde começa o céu.
[Victor Hugo]

sábado, 23 de janeiro de 2016

"A MENINA QUE AMAVA GATOS..


A MENINA QUE AMAVA GATOS..

Menina quieta de mãos inquietas, olhar longe, como se quisesse alcançar o mundo. Percebi o quanto era vasto o seu desejo de vida, que vivia em uma sala sob o sol de janela.
Ela amava os gatos, admirava sua liberdade de saltos e amores sem dependência. Lembrava de você, abraços que amassavam suas roupas e o seu cheiro que impregnavam as dela.
A minha independência de ser gato se anula quando penso em você, minha maestria se recolhe, fico pequena querendo apenas o seu sofá, me enroscar nos teus braços feito gato.
(Nunca tive medo de altura, porém o abismo do seus olhos me fazem querer pular.)
Ela amava os gatos mas queria você, ela vivia na sala e queria o prédio todo. Seu olhar era profundezas de querer inconstante e você a única certeza.

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Hoje eu acordei e tomei saudade..


"Hoje eu acordei e tomei saudade no café da manhã. Na verdade, recebi na cama, sob uma bandeja de ausência sua.
Não quero parecer piegas, mas parecer um pouco ridícula é inevitável pra quem escreve sobre amor. É que escrever é despir-se de todo orgulho. É deixar a alma nua pra ser lida. É dar a cara a tapa. É apanhar de sentimento e deixar o hematoma exposto porque se acrescentar uma rima fica bonito.
Você consegue me ver de alma nua. Conhece minha essência despida de qualquer traje. Você é apoio pro meu peito surrado e manso.
Vem e toma o lugar dessa bandeja que já não cabe no meu colo. 
Vem e alimenta o meu dia com teu sorriso. Tô cansada de ingerir saudade. Deixa eu jantar tua presença. De sobremesa, te dou amor. E tudo mais que tiver na despensa." 

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Só Deus sabe o quanto eu senti falta..


Só Deus sabe o quanto eu senti falta de me sentar de frente pra você, e conversar durante horas sobre as pequenas coisas da sua vida cotidiana, as linhas intermináveis que você tem escrito e nunca publicado, a política, o preço do cigarro, o clima úmido de Buenos Aires, o último livro do seu escritor favorito, o próximo eclipse. 

Ter você de novo ao alcance da mão, poder te tocar de vez em quando sem prerrogativas, sem pretenções, apenas porque você está ali, ao alcance dos olhos, poder assistir a longa curva do seu sorriso se formar quando eu falo alguma bobagem sem sentido, sem juízo, apenas por ser pra você. 

Você cortou o cabelo mais curto, e agora parece mais jovem que há 10 anos atrás – você e essa sua capacidade de enganar o tempo com as suas bruxarias herdadas talvez de alguma bisavó, talvez aprendidas em algum livro que encontrou por aí. E o mesmo feitiço no olhar. E o mesmo feitiço no modo como coça o queixo devagar, abaixando um pouco a cabeça. E o mesmo feitiço de sempre.

Uma outra coisa você manteve também exatamente a mesma, definitiva talvez, porque sinto que se voltarmos a nos encontrar daqui a outros dez anos (eu, outros dez anos mais velho e melancólico, você, outros dez anos mais bruxa), você ainda vai conservar esse gesto que te define mais que a sua própria cédula de identificação – segurar os seus gauloises com três dedos, e bater a cinza de lado, com o polegar, como se os acariciasse, antes de tragá-los novamente. 

Isso e o perfume que se desprende da sua pele e do seu cabelo quando você acaba de sair do banho foram duas coisas que não se alteraram nem um milímetro, nem um segundo, depois de tanto tempo, como se aí o tempo não pudesse ter conseguido tocar as pontas enrugadas dos dedos, como se aí é que existissem as três letras que lembram ao meu coração, depois de tanta distancia, quem você é: 

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Nunca duvidei da minha capacidade..


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Nunca duvidei da minha capacidade de prosseguir mesmo com os problemas batendo na porta. Nunca desacreditei do poder que Deus tem em minha vida e do que ele tem preparado para mim. Mas tem horas que a gente fica vulnerável. A dor lateja, os pensamentos vão além. A gente se cobra tanto e faz da dor um motivo para se calar e cuidar mais do interior. Fala pouco e escuta mais. Absorve o que convém e acaba deixando de lado o que não merece ser levado adiante. Eu sei que Deus tem algo grandioso para mim, mas eu não queria que demorasse tanto. Eu ando descrente da vida, das pessoas e até de mim. Eu ando me cansando de ser quem eu sou. Eu ando exausto de ter que criar coragem pra seguir minha rotina e minhas metas que lancei. Eu não tenho me reconhecido nesses dias. Eu peço proteção e mais percepção. Eu tenho pedido que Deus não me desampare. Que cuide de mim, fortaleça minha fé e o meu dom de acreditar cada dia mais. Se a gente não se apega com Deus e com o que ele tem pra nos ensinar diariamente, o mundo desanda, as palavras perdem o foco e a gente se torna um zero à esquerda. O coração dá aquela aliviada quando lembro que quem cuida de mim não dorme e me ama do meu jeito imperfeito de ser. Eu não estou desamparado. Mesmo não estando bem agora, sei que amanhã é um novo dia e todo dia é um bom dia para recomeçar.

- Rogério Oliveira

Sabe aquele alguém que sai com os amigos,


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Sabe aquele alguém que sai com os amigos, num final de tarde qualquer, para conversar um pouco e descontrair? Que num domingo à tarde vai assistir ao futebol ou passear no shopping? Que tem amigos e amigas? Esse alguém também pode ser o seu ponto de paz, um ponto de equilíbrio. E ele não precisa de um cavalo branco para te encontrar. Basta ter força de vontade o suficiente para saber chegar até você.
Nem todos querem te iludir. Nem todos querem te proporcionar um momento de felicidade somente na intenção de usar o seu corpo no final da noite. Nem todos te fazem sorrir hoje e chorar no resto dos dias. Ainda existem os que fazem a diferença.
Existem pessoas e “pessoas”. Homens e “homens”. Mulheres e “mulheres”. Existem aqueles que te querem bem. Aqueles a quem você pode entregar o seu coração sem medo da rejeição. Existem aqueles que sonham e fazem acontecer um projeto de vida e não apenas um projeto da farra de sexta. Aqueles que irão te levar para jantar, que irão te esquentar no frio e que te irão convidar para ficar. Aqueles que vão te ligar de madrugada por terem tido um sonho ruim e precisava ouvir a sua voz para se acalmar.
Existem aqueles que ao colocar a cabeça no travesseiro, agradecem por te ter na sua vida e pedem aos anjos que iluminem o seu dia. Aqueles que são mais coração do que qualquer coisa que te faça perder a razão.
Você não precisa ter muitas coisas, mas tenha uma estrela de amor que lhe dá tudo o que precisa em um sorriso.
- Fernando Suhet.

Dias vem e vão.

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Dias vem e vão. E com eles eu tinha que amanhecer. Tinha que ir para frente, mesmo com as lembranças insistindo em me fazer olhar para trás. E eu fui, juntando meus cacos e acasos, mas fui.
Hoje não sei muito sobre você. Onde mora, o que faz, os planos que tem e a história que vive. Hoje sei apenas de mim. Sei que no lugar que me fincaram o peito não dói mais. E essa sensação é libertadora. Hoje você se tornou apenas uma lembrança, ou nem isso. Hoje não perco mais os sorrisos que cruzam meu caminho, e em um deles eu escolhi me perder de novo.
Hoje eu fui fazer o que eu sempre quis depois que você se foi:
Abrir os olhos e ver o mundo.

Repara bem no que desejou,.


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Repara bem no que desejou, conseguiu e como está lidando com isto. Repara que não há felicidade sem provação e que a rotina não se transforma sozinha. Repara que se não nos movimentarmos em direção à harmonia, valorizando o que temos ao invés de supervalorizar os desconfortos, nosso crescimento pessoal, emocional e espiritual está ameaçado. A alegria é consequência de um processo de determinação e ação para obtê-la. Não espere que o que tem não esteja mais aqui para lamentar o abraço não dado, a carícia que não foi feita no descuido de um fragmento de tempo. Que se queremos da vida a plenitude em todos os aspectos, temos, antes de tudo, que saber administrá-los. Se você está no trabalho, trabalhe. Se está em casa, esteja em casa. Se está sozinho, aproveite esta solitude para crescer. Se está acompanhado, apreenda o Universo de cada um que o rodeia. Não espere para valorizar quando outro tiver aquilo que já foi seu porque descobriu antes de você o valor que aquilo, aquela pessoa tem. Repara, repara bem. E se isto tudo não tiver importância, esqueça... Mas não lamente."
- Marla de Queiroz

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Espere eu arrumar a alma...


toned paper drawing:

Espere eu arrumar a alma...
Não entre agora não. Você vai se perder nessa minha desordem. Se quiser, fique parado aí na porta observando. Você vai ver que a minha vida anda mesmo inabitável.
Não é nada pessoal. Não é você, sou eu. Sério. Não é o seu signo nem os seus hábitos um tanto irritantes – essas coisas eu aguentaria. É que eu não quero afogar ninguém no meu mar de incertezas, entende?
Espere a chuva passar. Quando o sol raiar de novo eu abro a janela pra ele e a porta pra você. Juro que espio antes no olho mágico pra me certificar de que você ainda está lá – e espero te ver, olhando distraído pro teto aqui do prédio, com as mãos no bolso e um rosto um tanto quanto despretensioso.
Espere eu abandonar o tarja preta e passar a beber menos. Deixe eu ver a vida com mais jeito que eu dou um jeito de pôr na minha vida – isso é uma promessa. É que eu tô meio cansada pra ser o descanso de alguém, entende? Sou mar bravio demais pra você navegar.
Ficar sozinha não é uma ideia idiota – bem, talvez seja um pouco quando existe por aí alguém como você, mas eu tô arrumando meu mundo pra só depois abrir pra visitação. E você é convidado de honra. Mas, agora, nem eu consigo morar aqui sem sentir um nó na garganta em algumas manhãs. Deixe a vida me sorrir de novo que eu devolvo o sorriso pra você. Deixe ela me mostrar onde eu errei, pra ver se por milagre eu não erro com você. Deixe eu me compreender até que tenha alguma compreensão pra te oferecer. Deixe eu me relacionar comigo.
Deixe eu limpar os cacos, arrumar a casa, pôr a alma em ordem. Quando eu parar de almoçar no fastfood e fumar pela manhã, talvez eu me dê conta que retomei as rédeas da minha vida porque, no momento, elas estão soltas. Livres como eu gosto de ser.
Ninguém merece alma limpa em casa suja. Ninguém merece ancorar o outro e, sinceramente, eu sou a minha própria âncora. Não é justo se apoiar no outro e arriscar fazê-lo cair junto. Prefiro levantar sozinha pra poder te abraçar de pé. Te olhar nos olhos, jogar as cartas, mostrar quem eu sou quando a vida não está me dando tantos golpes.
Deixe eu ser um pouco menos filha da puta antes de te deixar ficar. Olha, eu prometo que tenho tentado. Deixe eu ter amor pra mim pra multiplica-lo pra você. Deixe eu ser um pouco mais minha pra depois, então, ser um pouco tua.
nathali macedo.

Depois da invenção do photoshop,:


Casey Baugh:

 Depois da invenção do photoshop, até a mais insignificante das criaturas vira uma deusa, bastando pra isso uns retoquezinhos aqui e ali. Nunca vi tanta mulher nua. Os sites da internet renovam semanalmente seu estoque de gatas vertiginosas. O que não falta é candidata para tirar a roupa. Dá uma grana boa. E o namorado apóia, o pai fica orgulhoso, a mãe acha um acontecimento, as amigas invejam - então pudor pra quê?Não sei se os homens estão radiantes com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos. Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente.
Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco, sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.
Pouco tempo atrás, posar nua ainda era uma excentricidade das artistas, lembro que esperava-se com ansiedade a revista que traria um ensaio de Dina Sfat, por exemplo - pra citar uma mulher que sempre teve mais o que mostrar além do próprio corpo. Mas agora não há mais charme nem suspense, estamos na era das mulheres “coisificadas”, que posam nuas porque consideram um degrau na carreira. Até é. Na maioria das vezes, rumo à decadência. Escadas servem para descer também. Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal, mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior.
Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor."
-Martha Medeiros-

Uma carta de desamor,,

Casey Baugh:


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Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe pela sua nova namorada achar margarida uma flor pobre. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por você torcer para o Palmeiras. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe pelos 130 km de congestionamento em São Paulo agora. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.
stella florence.

Só me lembro de você indo embora..

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Só me lembro de você indo embora..
A única coisa de que me lembro é das costas dele. Relaxadas e confiantes mesmo quando ele estava partindo, seu último adeus, o de verdade, o que ele teve coragem de pronunciar, de falar na minha cara, e não um daqueles adeuses que ele silenciava, escondia e mentia, usava como desculpa para me trair e mentir, se mentir, se disfarçar.
O amor dele sempre foi algo que precisava ser conquistado e eu nunca tinha moeda de troca. Ou a moeda que tinha nunca era boa o suficiente para conseguir algo em retorno. Enquanto eu tentava barganhar pelo amor dele, ele esbanjava o meu como se nunca fosse acabar. Porque o meu amor pagava pelo ego dele, por aquela confiança que ele tinha para ser o queridinho das redes sociais, o popular de todas as baladas, o mais elogiado do Instagram.
Meu amor era um recurso que eu vendia como um país pobre, pobre de autoestima. Enquanto o perseguia e implorava, deixava pequenos pedaços de mim pelo caminho, criando buracos, me despedaçando e virando migalhas para quem quiser pegar. Menos você.
Eu posso e vou escrever, sempre, nunca, claro que vou escrever, vou chorar palavras, sobre o dia que você me deu suas costas e um adeus, um adeus de punhalada, de tapa, de você não é bom o suficiente. Eu alimentei a esperança de que poderia mudar de novo e mudar de novo para ser quem você queria.
Meu amor próprio não era grande o suficiente para me impedir de brigar pelo seu amor, pela sua aprovação, pelo seu olhar, pelo seu respeito. E ele disse aquelas palavras, palavras que deveriam me libertar, me tirar daquele limbo emocional, daquele inferno pessoal. Porque não há nada pior do que lamber as pegadas de um amor inalcançável, de um amor que cospe na sua cara e ri das suas inseguranças.
“Acho que não dá mais. Acho que eu preciso de mais. Eu quero mais.”
E com isso eu acreditei que eu era menos, que eu precisava de menos, que tudo o que eu merecia era menor, diminuto. E eu aceitei. Eu nem consegui falar nada, só correr atrás de você como uma cadela tola e fiel.
“Foi algo que eu fiz?”, perguntei, porque perguntar e tentar achar uma razão para um barco que está afundando só cabe aos desesperados e esperançosos, e fui os dois, até não poder mais. Até agora.
Há algo de belo e doloroso em guardar um momento tão devastador como aquele. Naquele clichê do que aquilo que não nos mata, espero encontrar algo que me deixe mais forte, que me transforme em uma mulher protagonista de livros neo-feministas. Por enquanto estou aqui remoendo tudo o que você deixou, relevando todos os seus erros e esperando minha hora.
Hora em que as cicatrizes estarão tão grossas quanto a lembrança. A lembrança das suas costas partindo, me partindo e me deixando para trás.
rafael teixeira farias.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Já falei tantas vezes:

Já falei tantas vezes: palavra é a coisa mais séria que existe na minha vida. Por favor, não me engane. Por favor, não me enrole. Por favor, não me minta. Quando eu confio, confio de corpo, alma, coração. Não faça com que eu perca essa pureza.
Entende? Confiar é se entregar. Dar a palavra é assinar um contrato imaginário: minha alma não vai ferir a sua. Por favor, dê valor para as suas palavras."

(Clarissa Corrêa)


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Xeque-Mate..


Lembro que eu era uma menina que nunca entrava em disputas. Não competia para ver quem lançava primeiro os dados; sempre passava a vez. Não me importava se nas brincadeiras eu fosse a última, nem nunca me interessava em ser chefe de grupos de nada. Sempre fui assim. Depois de burra velha, nunca joguei, nunca apostei em nada, nunca fiz questão de estar na frente, resumindo: nunca curti competir. Não sei se isso é um defeito ou não, mas sempre me senti à vontade sendo desse jeito. Não gosto de atropelos, não gosto de ficar sabendo antes. Pra mim o importante sempre foi antes de ser a primeira, ser a melhor no que me fosse proposto fazer.

Nas brincadeiras sempre ficava de longe e deixava minhas primas começarem. Não gostava de liderar, gostava de vencer e ficar com aquele sorriso contido do tipo "sou foda". Eu era miúda no meio das outras meninas, e me sair bem me fazia sentir capaz. Eu sempre fui abusada, mas nunca fui ambiciosa. Isso talvez seja uma defeito, não sei.

Eu sempre me assusto quando me cobram atitudes das quais eu possa me arrepender, ou me fazer passar vexame. Não gosto de atropelar o tempo, o meu tempo. Não gosto de fazer nada pra provar que posso, nem pra vencer disputas. O que eu curto mesmo é vencer a mim mesma. Adoro me desafiar, colocar datas e conseguir antes. Adoro me vencer.

Quando fecho os olhos e vejo aquela magrelinha cheia de atitude, fazendo raiva nas minhas primas, me dou conta de que não mudei nada. Continuo folgada, cheia de marra, bocuda e sem pressa. A diferença é que o temperamento mudou, agora tem palavrão, experiências e maturidade. Isso é bom.
Adoro ser aquela menina que esperava com um riso de canto, que passava a vez, que não me importava em não lançar primeiro os tais dados, mas que sabia que, na minha vez, ia rolar bem feito. Aquela marra é pessoal e intransferível. Aquela sou eu, uma menina, sem pressa pra jogar, sem medo de filas e rodadas, que sabe que na hora certa, sem nenhuma carta na manga, dá o xeque-mate de unha vermelha com a gargalhada mais assombrosa do mundo, pelo simples prazer de me vencer e a ninguém mais.

Jackye Monteiro.