terça-feira, 28 de março de 2017

Após longo combate....

" Após longo combate do amor para sobreviver, morreram. E então, fez-se silêncio. Silêncio árido, denso, amargo; da" Após longo combate do amor para sobreviver, morreram. E então, fez-se silêncio. Silêncio árido, denso, amargo; daqueles de enlouquecer os feridos. Aquele silêncio de cemitério, de campo de batalha em que viveram suas mágoas e trincheiras. Eles resistiram e se carregaram, até abrirem mão. Não se sabe se sucumbiram ou se renderam a este silêncio. Silêncio de não mais ver os olhos e de não saber da pele. Cobranças cortaram, lembranças traíram, nas noites se odiaram e na manhã refizeram-se, mas não puderam, não aguentaram. E quando menos esperavam, quando aguardavam o perdão e a renúncia dos erros num amanhã ilusório de paz; tombaram de exaustão, sem fôlego, de solidões partilhadas e interrogações infindáveis. Morreram sem saber viver; viveram sem saber amar. Acreditaram sem poder seguir. Pela gastura dos laços e dos frágeis alicerces da relação, um mero sopro os derrubou. Um tropeçar ingênuo que os atirou ao precipício. Uma farpa qualquer que os rasgou em sangue o peito. 

Quando mentira foi uma verdade imprevisível, morreram de sopro no coração. "
_ Guilherme Antunes___
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segunda-feira, 27 de março de 2017

Estou naquela fase da vida em que já não dou explicações...

Estou naquela fase da vida em que já não dou explicações a quem tem cera nos ouvidos e no coração. Sou uma mulher sem máscaras e de alma humilde que já não precisa provar nada a ninguém. Nem movo montanhas para quem não me respeita como sou. Decidi que devo ser franca, valente e digna.
Estas ideias resumem muito bem aquilo que conhecemos como realização pessoal. São pequenos desafios cotidianos que temos que desenhar para, finalmente, desfazermos das “cascas de cebola” que são jogadas não apenas no solo da nossa felicidade, mas também nas oportunidades para alcançar um objetivo determinado, uma meta.
Muitas mulheres lutam a cada dia por essa realização pessoal em ocasiões muito difíceis de conseguir. Dificuldades como a diferença salarial, discriminação no trabalho e desencontros no lar. Até para enfrentar frases como “Tu não podes, tu não sabes, tu não deves” vindas de familiares ou parentes. São desafios que nos mostram que temos de lutar numa dupla batalha: a exterior e essa mais íntima, mais profunda e necessária: a emocional, a psicológica.
A contínua necessidade de ter que demonstrar para ser aceita
O amor deve ser provado no dia a dia, não resta dúvida. Mas em certos momentos caímos em situação onde o carinho se torna quase uma exigência. Óbvio que tal situação pode acontecer para o casal, entretanto é mais comum que seja a mulher obrigada a demonstrar que é capaz de fazer tudo pelo cônjuge, de deixar de lado suas necessidades e desejos para cumprir outras expectativas.
Temos a obrigação de sermos boas filhas com nossos pais, com nossa família, ainda que os pais e a família tenham falhado em compreender quando damos um passo para alcançar um sonho. Daí a pouco eles arriscam um ponto final dizendo “Isso não é para ti”. Compreendemos e até desenhamos sorrisos quando, na verdade, estamos em desespero. Apesar disso chega um dia em que abrimos os olhos. Entendemos, finalmente, que a luz interna se acende e se conecta diretamente com nossas emoções e sai o grito: “Basta!”.
É então quando nos damos conta de que a única pessoa que temos de demonstrar algo, não são aos outros, é somente a nós mesmas. Porque quando somos capazes de conectar com nossas necessidades, o mundo começa a girar ao som de outra música mais relaxante, mais harmoniosa.
Devemos nos soltar para nos encontrar novamente
Quando nos reencontramos é compreensível recaídas com a também natural confusão interior, porém já não somos a mesma pessoa de antes. Já não encontrarão essa menina com os olhos inundados de sonhos que desenhou suas iniciais no céu. Nem será, tampouco, essa adolescente que desejou um amor romântico onde tudo dá em troca de nada. Menos ainda essa jovem que confunde ser feliz com o fazer os outros felizes, deixando de lado a própria felicidade.
Agora sou tudo que vê sem magia nem artifícios. Se não lhe agrado, é melhor que vá embora. Não devo mais viver para apenas atender aos demais.
Quando nos reencontrarmos conosco mesmas volta o relógio do tempo de realização pessoal; já não seremos a mesma pessoa.
Quando encontrar a si mesma, compreenderá que todas as coisas que lhe restam – os artifícios, o ruído mental, e todas essas relações caducas – arrancaram plumas das suas asas. Agora sim, para ser essa mulher que não precisa demonstrar a ninguém tudo que é capaz de realizar, será necessário que ponha em prática as dimensões dessa nova mulher.
Chaves para a realização pessoal
Algo indubitável é que não podemos ser “pessoas completas” e nos manter à margem dos outros, principalmente dos mais próximos. Cada um de nós tem compromissos sociais importantes: trabalhos, lidar com o cônjuge difícil, família. Mas é possível aspirar essa realização pessoal com todas estas esferas de problema?
A realização pessoal se inscreve precisamente na necessidade de que todos os nossos círculos de relacionamentos sociais, o trabalho, a afetividade pessoal nos oferecem a máxima plenitude, pois com equilíbrio e domínio, conseguiremos a nossa harmonia interior.
Se, por outro lado, nos sentimos na obrigação de demonstrar certas coisas para sermos “aceitas” como pessoas em cada um de nossos contextos, devemos reconhecer que algo não vai bem.
O que põe sempre em dúvida a nossa capacidade é quando nosso cônjuge nos pede, por exemplo, que fiquemos em casa para demonstrar a ele “quanto o amamos”. Ou no trabalho quando fazemos a tarefa dos outros e deixamos de fazer a nossa.Estes aspectos acabam tornando vulnerável nossa autonomia.
Temos que entender, ademais, que antes de demonstrar alguma coisa a alguém, temos que demonstrar a nós mesmas. Não é correto buscar a complacência ou a aprovação dos outros, porque, ao contrário, serão os outros que se elevam como juízes e artesões de um caminho que você mesma deve construir.
A eterna necessidade em demonstrar algo que não somos ou de buscar a aprovação alheia é uma forma lenta de tortura que pode não terminar nunca. Não permita que seja assim, seja decidida, seja sempre você mesma e não negocie sua integridade para não perder a sua chance de felicidade.

Texto extraído de La mente es maravilhosa – 




sexta-feira, 24 de março de 2017

Ele dizia que ela não encontraria coisa melhor do que ele:

Ele dizia que ela não encontraria coisa melhor do que ele, porque já tinha passado da idade, porque era feia, porque era burra, porque tinha filho, porque não trabalhava, porque, porque, porque... Tanto "porque", que ela acreditou e se acorrentou naquela relação. A dependência emocional a impedia de enxergar a mulher maravilhosa que ela realmente era. O medo de recomeçar atrofiava suas chances de mudança. A baixa auto-estima barrava qualquer possibilidade de dar a volta por cima. Até que um dia, um dia beeem lá na frente, depois de uma longa jornada de abusos emocionais, ela finalmente conseguiu enxergar a mulher maravilhosa que ela era. Decidiu ser mais ela, fazer mais por ela. Se priorizou, se valorizou e apostou todas as fichas em si mesma. Ele não acreditava na mulher incrível que estava renascendo das cinzas em sua frente, ele fez de tudo para destruir aquele projeto de mulher maravilhosa, antes que ela o apagasse ainda mais. Mas ela seguiu firme, ergueu a cabeça e se libertou do traste.
Um dia desses ele ligou pra pedir perdão e pra prometer mais uma vez que iria mudar. Mas ela já estava nos braços de um novo amor, do amor por ela mesma. Disse que não havia mais espaço para tralhas pesadas. Ela desligou, deu aquele sorrisinho de canto e teve certeza que ninguém, nunca mais, será capaz de impedi-la de ser feliz.
___Keila Sacavem____

QUEM DE NÓS DEIXOU DE QUERER:


QUEM DE NÓS DEIXOU DE QUERER

Quem de nós deixou de querer? 
Eu deixei de escrever, você parou de ligar.
A vida foi seguindo seu fluxo e eu me perguntando quem de nós deixou de querer? Quando deixamos de nos querer?

Houve um tempo em que nos amávamos. Víamos poesia e canção nas coisas mais tolas. Possuíamos o poder divino de dar vida e forma ao mundo ao nosso redor. Espaço e tempo estavam no mesmo lugar. Quando e onde se davam em tempo vetorial.

Nos entregamos inteiros e sem medo. Nosso amor tinha pulsação, tinha cheiro, tinha gosto. Nosso amor nos desorganizava as formas, nos descia às vísceras, aos músculos, aos ossos. 

Nós nos abismamos, nos arremessamos de penhascos, nos perdemos de quem éramos, nos encontrávamos em infinitos. A vida vibrava em cada célula do nosso corpo.

Esse tempo passou sem nos darmos conta, mas ainda hoje, ao me perguntarem do nosso amor, respondo que te amo. Amo, porque amei. 
É isso. 
Amo porque amei. 

Nosso amor não se encerrou ao fim de seu ciclo. Ele continua em mim, como parte da minha história, sendo um pedaço de quem eu sou. 

A intensidade com que nos entregamos nos dava a exata dimensão da vida que vivíamos. E viver é se doar. Viver é se deixar afetar apesar de toda couraça e todo embotamento afetivo. 

Nada acontece ao acaso, impunemente. Não existe o momento. Cada palavra dita, cada carinho trocado, cada olhar seu permanece em mim. Cada instante que vivemos ainda dura em mim, dando-me passado e futuro. Mas o presente nunca para de acontecer. A vida não está preocupada com nenhum de nós. Ela tem movimento e fluxo próprio. 

A vida seguiu seu caminho e, a despeito do nosso amor, escolheu nos afastar. Eu parei de te ligar. Você também não me procurou. Nosso tempo passou sem nos darmos conta. Mas ainda hoje, ao me perguntarem se te amo, respondo que sim, amo. Amo, porque amei. Mesmo que este amor não esteja mais lá, da mesma forma e no mesmo lugar. 


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quinta-feira, 16 de março de 2017

Hoje acordei .


Hoje acordei com aquela vontade de ser forte mesmo com lágrimas nos olhos.
Hoje realizarei coisas boas mesmo que eu tome um não. 
Hoje eu serei uma mulher serena ,inteligente e astuta porque a brutalidade só gera violência. 
Hoje vou derrubar um tijolo ,amanhã outro ,porque estou objetivando um muro enorme
Já me disseram que não vou conseguir ,apanhando perdendo aliados por medo ,por covardia,por egoísmo. 
Mas eu vim sozinha ao Mundo e dele sairei.
Não desisto porque não é da minha natureza e até desconheço essa palavra.
Costumo chorar andando porque sentada perco tempo. 
E tenho Fé!
Tenho Deus no coração!
E agora tenho muitos de vocês aqui que me ajudam .
Oro por vocês todas as noites .
Amar ao próximo!
Eu amo ,eu peco muitas vezes,perco a paciência,mas mesmo excluindo eu oro para aquele ser ruim olhar para si e repensar seus atos.
E peço perdão todos os dias ,porque sou falha .

Dia maravilhoso de bênçãos para todos.
Desculpe o desabafo !


A VIDA..


Depois de muitas quedas, eu descobri que, às vezes, quando tudo dá errado, acontecem coisas tão maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse dado certo. 
Eu percebi que quando me amei de verdade pude compreender que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa.
Então pude relaxar... pude perceber que o sofrimento emocional é um sinal de que estou indo contra a minha verdade.
Parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Desisti de querer ter sempre razão e com isso errei muito menos vezes.
Desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Isso me mantém no presente, que é onde a vida acontece.
Descobri que na vida a gente tem mais é que se jogar, porque os tombos são inevitáveis.
Percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Também percebi que sem amor, sem carinho e sem verdadeiros amigos a vida é vazia e se torna amarga.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." 

(Mario Quintana)


Quantas pessoas te conhecem de verdade? 
Pra quem você se abre? 
De quem você não tem medo? 
Que pessoa você tem certeza que quer o seu bem?
Quem realmente não sente desconforto ao ver sua felicidade? 
Quem não ficou magoado por bobagem? 
Quem sabe reconhecer quando erra? 
Quem nunca te deixou na mão? 
Quem assume quando pisa na bola e pede desculpa? 
Com quem você discute, mas depois fica tudo bem?
Quem entende o seu jeito? 
Quem aceita seus defeitos? 
Quem não fala mal de você para os outros amigos?
Quem ajudaria você a pagar sua conta de luz, caso fosse necessário? 
Quem vibra com seu sucesso profissional? 
Quem deseja realmente toda felicidade do mundo no seu relacionamento? 
Quem? 
Por favor, me diga quantos, quantas. 
Quem valoriza o que você faz? 
Quem é grato pelo que você fez? 
A ingratidão em qualquer relação é coisa muito feia, principalmente em amizade. 
É bom a gente pensar de vez em quando sobre isso. 
Analisar as relações, as pessoas, rever as amizades. 
Agora você me responde ah, mas eu ligaria para a Camila às 4 da manhã se estivesse em apuros e tenho certeza que ela sairia de casa e me ajudaria. 
Eu não estou falando disso. 
Falo de algo mais profundo, que conecta as pessoas, que une e não separa por nenhuma força. 
Falo de um sentimento genuíno, de amor, de gratidão, de respeito, de carinho, de amizade. 
Muita gente fala que fulano é amigo, mas não sabe o significado disso. 
Ser amigo é chorar o teu choro e rir, com o coração, o teu riso. 
E isso é coisa rara hoje em dia.
- Clarissa Corrêa-
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