sexta-feira, 25 de março de 2016

Os vampiros que nos espreitam :

Eu aceito compartilhar a vida, o chocolate, a pipoca, as alegrias, emoções, suores e lágrimas, mas não aceito ser vampirizada.
Da mesma forma, acato pedidos, sugestões, conselhos, provocações, tentações, mas não acato nenhuma violação contra minha vontade.
Ainda consigo oferecer uma palavra, um abraço, alguns trocados, meia hora de prosa, um ombro amigo, uma bronca encomendada, mas não me ofereço para ser sugada.
Há vampiros por toda parte, e, conscientes ou não das suas próprias necessidades e diferenças, espreitam vítimas desavisadas, para garantir um pouco de seu sustento.
Vampiros morais, que confundem com teorias inventadas, longos e apaixonados discursos, como quem prepara um prato requintado, para devorar sozinho depois.
Vampiros éticos, que agem na legalidade das palavras e na obscuridade dos atos. Chupam honestidade e cospem seus mal feitos.
Vampiros capitais, que sugam o que não lhes pertence, usam do que é do outro, gastam, esbanjam, abusam e escondem o que é seu, na sua capa de avareza.
Vampiros emocionais, que sugam, chantageiam, negociam, regateiam, manipulam e descartam sentimentos que nunca fizeram por merecer.
Vampiros vitais, que não medem esforços para imobilizar e ferir suas vítimas, levando consigo a saúde, o ânimo, as esperanças e sonhos de quem lhes servir de alimento.
Eles espreitam e não vacilam. Não pensam nos outros como semelhantes, até mesmo porque realmente não o são. O que os alimenta e fortalece, é justamente o que adoece e mata cada uma de suas presas.
Vampiros podem ser divertidos, sedutores, intelectuais, charmosos, misteriosos. São homens e mulheres que aprenderam outros códigos, cuja fome é de gente, de vida alheia, de sonhos e planos que eles não são capazes de empreender.
Há quem goste de vampiros e gosto não se discute.
Cada um cuida de seu próprio pescoço, essa é a regra.
Porém, e muito cautelosamente, ouso acreditar que não há lugar para nenhum deles no minha vida. Eles que se embrenhem nas próprias trevas, pois que meu mundo, a palavra de ordem é luz!

emília freire
Os vampiros que nos espreitam :

Metáforas coloridas não amenizam a verdade :

Se for para ajudar a enfrentar, consolar um pouco, encorajar, dar uma força, tudo bem.
Cada um se segura e se pendura na desculpa que prefere, porque afinal de contas, há horas em que a coisa fica realmente complicada.
A verdade é áspera quando vem de encontro, e suave quando a perseguimos. Depende do lado do espelho, da face da moeda, de poder ou obedecer.
Mas inegável é que a verdade não negocia. É e pronto!
Aceitar uma verdade como legítima é libertar um monte de recursos fantasiosos, é entrar em contato com o inflexível, com o que não é possível manipular.
Mas, teimosos que somos, insistimos em tentar dissuadir a verdade. Colorimos, maquiamos, inventamos traços e estilos únicos para o cenário metafórico que preferimos para viver, pensando estar enganando a verdade.
Aceitar duras verdades nos liberta, muda o fuso da vida, nos tira um fardo pesado das costas. A dor é só da hora, do momento. Depois suaviza, acostuma, entra na rotina.
Fugir das verdades, contar uma vida que não existe, para si e a para o mundo, não ameniza as verdades que se carrega, nem tampouco as que foram deixadas ao longo do caminho. Elas voltam, elas nos encontram na curva do tempo, nos pegam desprevenidos, vulneráveis, distraídos.
Verdade é matemática, é incontrolável, indomável, espontânea. Boa ou ruim, favorável ou prejudicial, é a verdade. E verdade é o que sempre queremos do outro, das coisas, da vida. Mas oferecemos a mesma verdade em troca? Verdade é sinceridade. Mas mentimos mais do que podemos controlar. E mesmo assim não aceitamos menos do que a verdade.
Verdade ou não, a verdade é que cada um deseja sempre ter a sua própria verdade, mas, de verdade, não há verdade criada, inventada, manejada. A vida é verdade até prova em contrário.
emilia freire
Metáforas coloridas não amenizam a verdade

Procura-se amizade desaparecida:

E se alguém viu ou ouviu falar, por gentileza não demore a avisar. Amizade que faz falta vale a pena procurar.
Porque amigo a gente procura, rastreia, fareja, caça, laça e enlaça, sem vergonha, sem frescura, sem escusa.

É preciso ao menos saber como anda um amigo. É necessário se inteirar, se fazer necessário se preciso. Se tornar presente, ainda no presente.
É essencial fazer parte da vida de um amigo, e, mostrar a ele qual é a pilastra de sustentação que tem seu nome gravado, dentro da nossa construção.

Para esse assunto não cabe orgulho, não cola desculpa, não vence a preguiça.
Amigo é coisa séria e se ele desaparece, algum motivo há de ter. E se não dá notícias, se é indolente, preguiçoso, relaxado, ocupado, e ainda assim é amigo, vale a pena procurá-lo.

Amigo é fortuna que não se conta em moedas, mas, se desaparece, nos deixa miseráveis.
Amigo é o espelho da própria vida, a régua que mede os avanços, o freio na hora de perigo, a água, o doce de leite, a confissão sincera, o ombro amigo, o beliscão merecido.

Quando um amigo desaparece, o jogo acaba, a bola fura, a luz queima, a bateria acaba.
Falar sozinho enlouquece, falar com o amigo cura.

Se há um esforço louvável, é o de procurar um amigo. Para lhe contar a falta que fez, a saudade que deixou, a novidade que ainda não sabe, pedir um conselho, uma bronca, um abraço ou somente um alô. Para lhe dizer que a vida é curta demais para se esconder, ou não querer ser encontrado.
Para a falta de tempo, mais organização.
Para a preguiça, determinação.
Para a vergonha, coragem!
Para o ciúme de outro amigo, torne-se amigo do outro amigo também. O círculo cresce e todo mundo ganha.

Torna-se amigo em um minuto. Leva-se um vida inteira para continuar amigo.
Se você é meu amigo, por favor, não desapareça. Se precisar ou tiver vontade de desaparecer, ainda assim vou te procurar.
E se eu desaparecer, me resgate, onde for, por favor.

emilia freire
Procura-se amizade desaparecida:

domingo, 20 de março de 2016

Cheguei à conclusão..

Chega uma hora que o coração amadurece. 

E eu, percebi como o meu amadureceu. Percebi ao dar menos importância a algumas coisas. Percebi que meu amor maior tem que caber dentro e fora de mim. Que alguns olhares já não me são tão curiosos. Que algumas pessoas podem ir, voltar. Já se tornaram indiferentes a mim. 
Cheguei à conclusão de que alguns pequenos ajustes fazem uma grande diferença. Dentro do coração, dentro do que realmente desejo daqui pra frente. Eu falo de paz. Não penso em nada exageradamente grande. Acho que a paz interna, é como vencer uma guerra onde todos te culpam, todos te enfrentam e não conseguem resolver um décimo do que a gente precisa. E eu percebi que bater de frente não resolve. Bater de frente não conserta. Eu tenho que usar minhas armas..Vencer minhas batalhas. Agir de forma correta.
Aí, eu percebi isso. Percebi que quem me ama, está. Quem não ama, melhor evitar.
É nessa hora que o tempo vai mostrando o que realmente precisa ser valorizado, lapidado, querido.
Pequenas coisas, grandes transformações no íntimo. É Deus acompanhando os passos, trazendo aquela luz bonita. Me dando força. Me dando o que realmente preciso.
Cheguei à conclusão..

O que é “se valorizar” para uma mulher?


O que é “se valorizar” para uma mulher? Fechar as pernas? Quer dizer, quanto menos ela dar, mais ela vale? Quanto mais uma mulher der, mais estará se “sujando”, é isso? Deprimente, não? Mais deprimente do que esse valor moral tosco, é perceber que ele ainda está amplamente disseminado na cabeça das pessoas. Quanto mais o tempo passa, mais me surpreendo pelo fato de que em alguns aspectos dos relacionamentos conjugais ainda vivemos nos anos 50. A realidade é que “o que é se valorizar” é uma questão que só a mulher vai poder responder, buscando aquilo com que ELA se identifica, com o que ela acha que vai lhe fazer bem e enriquecer a vida. Há parceiros e parceiros: Aqueles só para diversão e eventualmente aqueles para casar – e honestamente não sei o que é pior Porque talvez o valor de uma mulher não esteja na busca de um parceiro e sim na busca de si mesma. E se ela errar, vai ter que perceber isso sozinha, aprender por conta. Ninguém tem o direito de definir o que é bom ou ruim pros outros. Até porque na própria definição pessoal de certo e errado costumamos nos equivocar bastante. Quem nunca mudou de opinião acerca das coisas da vida ao longo dos anos? Fundamental não só para mulheres como para qualquer um é ter a liberdade de experimentar, vivenciar, descobrir por conta o que lhe valorizará a existência e sua autoestima. Para não ficar a vida toda assimilando valores dos outros, ou seja, valores de uma sociedade profundamente antiquada e doente. 
Por Ronaud Pereira


O que é “se valorizar” para uma mulher?

O que é “se valorizar” para uma mulher?

Há um bom tempo atrás eu acompanhava alguns blogs feministas. Aprendi muito. …e ainda não paga nada. Sobretudo como o machismo está impregnado na sociedade de uma forma que as próprias mulheres não enxergam, na medida em que aceitam sua submissão aos homens como algo natural. Depois cansei (ui). Embora as observações feministas estejam corretas em praticamente tudo, desconfio que a premissa básica delas – a de que homens e mulheres são absolutamente iguais – pode estar equivocada. Sério – não consigo ver desse modo. Particularmente – acho até que já comentei isso aqui – vejo que não só homens e mulheres são intrinsecamente diferentes, como vejo que todo e qualquer ser humano é diferente do ponto de vista emocional, intelectual e comportamental, cada qual manifestando e expressando diferentes predisposições na vida. No caso das mulheres, precisamos entender que há aquelas que realmente preferem adotar uma postura independente e autônoma diante da vida. E precisamos aceitar também que há outras que realmente se comprazem em se exibir e comportar-se como verdadeiros bibelôs que servem apenas para enfeitar a vida dos homens (Vide orkut e facebook da vida com toda aquela mulherada tirando fotos de si mesmas em poses e mais poses). Estas mulheres podem até sentir um horror íntimo pela idéia de seguir carreira, ser independentes e mandar em si mesmas. Da mesma forma como muitos homens sentem horror pela idéia de perseguir o sucesso profissional convencional do macho viril. O fundamental nisso tudo é que TODOS tenham sobretudo a liberdade de seguirem os caminhos que quiserem – arcando com as consequências de cada escolha – sem serem julgados ou pressionados por isso. *** Entretanto há um comportamento machista que é realmente curioso, por ser bastante tosco. Ele se manifesta naquela situação na qual uma mulher jovem, bonita e sem grilos com o sexo ouve em algum ponto da sua vida, de algum babaca mais ou menos como eu mesmo já fui (estou melhorando), o seguinte: “Poxa, fulana, acho que você devia se valorizar mais e não ficar saindo com caras do tipo do fulano”. Traduzindo: “Poxa, fulana, você tá ganhando fama de galinha saindo com o fulano e com o beltrano. Passe a sair só comigo e você ganha instantaneamente a fama de moça correta“. A despeito do (mau) caráter babaca desse tipo de comentário, vem ainda a questão:

O que é “se valorizar” para uma mulher?

Me surpreendo com a vida.


Me surpreendo com a vida. Me emociono ao lembrar da minha trajetória e com os capítulos da minha história já vividos. Me perco nas lembranças, me alegro de esperança e carrego comigo uma bagagem de vitórias e sofrimentos. Cada estrada que percorri desde o dia em que nasci até os dias de hoje, trago pessoas que se tornaram especiais. Algumas eu carreguei por muito tempo, mas percebi que não eram boas o suficiente para meu convívio. Outras se aproximaram, outras se distanciaram, não por vontade própria e sim porque a vida com essa necessidade involuntária do novo, acaba construindo outro trajeto para caminharmos. E existem aquelas que nunca me abandonaram, que insistem em mim. Existem os que me acompanham de longe, que me odeiam de perto, que tentam apagar meu brilho mesmo estando ao meu lado e até aqueles que torcem pelo meu fracasso em oração. Me critico fortemente ao lembrar que um dia senti o mundo contra mim. E hoje percebo que a torcida ao meu favor é esplêndida e gigantesca. As pessoas deixadas por mim como uma simples paisagem, são aquelas que me surpreendem com frases e conselhos sinceros ditos no olhar. Hoje tenho a sensação de carinho em forma de amizade. 
Emoticon wink

Joyce Xavier.

Me surpreendo com a vida.

Superioridade tem pré-requisito


Acho que por mais supostamente inferiores que você possa considerar os outros, ainda assim, são pessoas. Devemos compreender que são seres humanos, com suas realidades, visões, razões, sentimentos e emoções. Se não conseguimos, do alto de nossa SUPOSTA superioridade, manifestar a compreensão profunda do quanto são humanos e precisam ser olhados, aceitos e ajudados, então talvez com certeza não sejamos tão superiores assim. A empatia que constituirá sua capacidade de compreensão deve constituir a base para esta superioridade, se é que ela existirá mesmo assim. Porque quem sabe, a noção de que superioridade é um conceito plenamente relativo, também seja parte da condição de superior. Se você não consegue olhar para o outro (da outra cor, do outro gênero, da outra religião, da outra opção sexual, etc) com um mínimo de respeito e humanidade, você não é superior a ninguém.


Superioridade tem pré-requisito

sábado, 19 de março de 2016

SOLIDÃO À DOIS: NINGUÉM EXPLICA MAS TODO MUNDO SABE O QUE SIGNIFIC

Com sorrisos cada vez mais raros e sem poder de contagiar; com impaciência ao invés de brincadeiras e um torturante silêncio onde deveriam existir palavras e palavras, cada vez mais pessoas vivenciam a solidão a dois, termo que ouvi pela primeira vez na voz de Cazuza, em “Eu queria ter uma bomba”, música do Barão Vermelho
São olhares vazios, pensamentos dispersos e uma sensação enorme de “tanto faz”. Na mesa do restaurante, o casal insiste em prestar atenção exclusivamente às telas de seus celulares; enquanto caminham, nenhuma palavra sai de seus lábios, e na despedida um beijo frio. No sexo, por não exigir diálogo, as coisas fluem um pouco melhor. Mas ainda assim é insuficiente

.O relacionamento, contudo, é mantido. Talvez por conveniência ou talvez porque essa realidade basta. Existem pessoas que se contentam com o básico e outras que temem a solidão mais do que qualquer outra coisa. Elas não percebem, porém, que estão sozinhas, apesar de terem uma companhia.
Parece contraditório, mas não é. Soa como se as pessoas, com medo da solidão, resolvessem ficar sozinhas juntas. Assim é formada uma multidão de almas vazias, de corações partidos e mentes desencontradas.
Elas se sentem perdidas da mesma forma. Estão a sós com seus pensamentos, embora segurem uma mão. Sonham acordadas, mas preferem não falar sobre isso. Passam horas tentando saber porque aquelas pessoas malucas escrevem poemas e canções.
Ficam inconformadas por aqueles que dizem que até o céu muda de cor quando estão amando. “Porra, o céu é azul. Sempre foi e sempre será”, concluem. Mas é mentira. O céu é da cor que querem aqueles que não sentem uma solidão esmagadora, estejam acompanhados ou não.
E assim assistimos relacionamentos começando e terminando dia após dia. Não haveria problema nenhum nisso, afinal, nossa existência é efêmera, e somos feitos de dúvidas e erros. O problema é assistir o seu relacionamento começar e acabar e ainda assim não aprender nada de valioso com ele. E sabe por que não? Porque vocês não estavam juntos. Apenas estavam sozinhos no mesmo lugar.
Por Portal Raízes.
SOLIDÃO À DOIS: 

domingo, 13 de março de 2016

Não conto o tempo,

Não conto o tempo,
Pois não sei quanto vou viver, se já cheguei a ser, se falta, se ultrapassei, se foi já muito, ou se ainda é pouco. Conto o hoje, e amanhã, o hoje mais um dia. Conto que o copo da minha vida mantém.se meio, que fui aprendendo a olhar para ele e a vê.lo não meio vazio, mas meio cheio. Conto que a vida começa provavelmente aos quarenta, talvez porque a alma (as)senta, e pela primeira vez pergunta ao coração o que falta. Não conto o tempo para gente mal.me.quer, de intenção qualquer, que nada acrescenta. Não conto o tempo para quem tenta agradar, por agradar, nem quem sorri, por sorrir. Conto que é escassa, a cada dia que passa, a minha atenção para essa gente. Conto que o meu tempo, deixa.me sem tempo, para os assuntos fúteis, porque cada areia do relógio, é importante para os poucos amigos que existem. Conto (re)organizar o que possa ter concerto na minha vida, rescrevida, (re)inventada, tentada, encerrando gavetas, e abrindo janelas, a cada porta que estiver fechada. Conto que isso já me ocupa o quanto baste, e mesmo que a escolha (des)gaste, vale pelo copo meio cheio. Conto que tem que se (per)correr, para se (pre)encher, para se (re)viver. Conto que se é sentido, por mais impossível e irreflectido, vale a pena ser vivido. Conto que existe um filtro dos afectos, que vai depurando os rótulos, aspectos, e clarificando os conteúdos e essências. Não conto a multidão, conto os dedos da mão. Conto gente humana enraízada, de ferida cicatrizada e outras por abrir. Conto gente de alma, que acalma, mas que também esperneia, chora e ri. Conto batidas de coração, ecos de gratidão, que se repercutem por aí.
Não conto o tempo, conto o vento, os abraços de onde alguns laços, me contam a mim.
Não conto o tempo, contos os passos, o perfume, a dança,

- E conto.te a ti.
__ Luís Santos __
Não conto o tempo,

sábado, 12 de março de 2016

MULHERES INDEPENDENTES: UM SONHO E UM CAMINHO.

Tenho-me lembrado, com frequência, das tardes em que eu não tinha aulas e ia para o teu local de trabalho, fazer os trabalhos de casa. Tantos anos corridos, aqueles momentos permaneceram na minha memória como muito mais do que umas sessões de estudo; uma espécie de laboratório de criatividade que fez crescer em mim o bichinho da escrita. Nessas tardes de imaginação, escrevemos, as duas, aquela peça de teatro que depois foi encenada na minha escola – 
Os meus sonhos e devaneios de adolescente eram, por vezes, refreados pelos teus conselhos – típicos de mãe: – “Estuda para não teres de lavar passar cozinhar como eu… nem depender de ninguém. Estuda, minha filha, porque se estudares podes tornar-te uma mulher independente…” – como tu adoravas essa expressão e fazias questão de remarcar a palavra in-de-pen-den-te (do homem, claro!) – «Quem estuda pode ter uma vida melhor e trabalhar no que gosta».
Pois, minha mãe, concordo contigo. Creio que vale a pena estudar, vale a pena querer saber mais, lutar pelos nossos sonhos, tentar fazer o que gostamos e, mais do que tudo, gostar do que fazemos. Mas o mundo de hoje é tão diferente daquele que tu conheceste!
Hoje em dia «estudar» não é garantia de uma vida melhor. Não é garantia, sequer, de ter um emprego. Vejo tantas mulheres com cursos superiores (nos últimos 20 anos, a percentagem de mulheres nas universidades é muito superior à dos homens), à espera de oportunidades. Ou, quando as conseguem, a maior parte das vezes ganham menos do que os homens, nas mesmas funções. Mulheres competentes de todas as áreas, mulheres geniais e com condições precárias de trabalho, sem direito a segurança social, subsídio de maternidade ou desemprego. Mulheres que trabalham, estudam, fazem formações, mestrados, doutoramentos e continuam a querer aprender mais, ao longo da vida (e além disso, em muitos casos, com filhos, e/ou pais a seu cuidado).
A geração de mulheres de hoje talvez seja a mais qualificada de sempre. E, nem por isso, a que vive melhor, nem a que ganha melhor. Tempos duros, minha mãe. Também foram os teus, de outro modo. Continuaremos a batalha das mulheres independentes.
Confesso que também adoro a expressão. Herança tua. Sonho teu. Caminho, meu.
MULHERES INDEPENDENTES: UM SONHO E UM CAMINHO.

A NÓS NINGUÉM NOS PÕE A PATA EM CIMA .


A nós ninguém nos põe a pata em cima.
A nós ninguém nos diz para fazer isto ou aquilo. Ninguém nos obriga a vestir uma roupa ou a usar uns sapatos. A dizer algo ou a ficar caladas. A baixar os olhos ou a aceitar uma decisão.
A nós ninguém nos põe a pata em cima. Ninguém nos amordaça ou ata as mãos. Nos cala ou sufoca. A nós ninguém nos tira a liberdade. De escolher, de dizer não, nunca mais, nem que peças perdão. Nem que chores de arrependimento. Basta uma vez. Basta uma vez que tentes pôr a pata em cima. Animal.
Basta que digas uma vez. Que ameaces uma vez. Não queremos saber se foi da boca para fora. Essa é a desculpa do costume. A bebida. O stress. O “fora de mim”.
A nós ninguém nos põe a pata em cima. Animal.
Nós não vamos acreditar mais que os podemos mudar. Nós não vamos mais dar mais uma oportunidade. Nós vamos acabar com isto. Vamos passar palavra e dizer às outras que somos capazes. Que sou CAPAZ. Capaz de dizer “não”. Capaz de dizer que queremos que te vás embora. Animal. Que queremos que não voltes. Que não te queremos. Que gostamos de nós como somos. Que somos mais fortes. Sim, mais fortes, mais poderosas, mais ricas, mais bonitas, mais importantes, mais tudo. E que ninguém… ninguém nos põe a pata em cima. Animal.
Basta. Basta uma vez para que baste. Para que se diga imediatamente “não”! Não é preciso sequer que levantes a voz. Se levantares a voz saberemos que és capaz de levantar a mão… E a nós ninguém nos põe a pata em cima.

A NÓS NINGUÉM NOS PÕE A PATA EM CIMA .

SILÊNCIO QUASE FALADO..

Sabes, eu não uso véu e os meus lábios estão sempre bem visíveis.
Aliás, por vezes até uso a cor do amor nos meus lábios.
Mas aprendi a calar quando um homem fala e virou rotina o meu silêncio.
Porquê? Pergunto-me tantas vezes.
Eu pari, eu amamentei e eu limpei as minhas lágrimas tantas vezes com o meu sorriso.
Sirvo apenas para cozinhar?
Coser as tuas meias?
Desculpa, mas não.
Sou um ser pensado ao mais pequeno pormenor.
Pior véu que o de tecido é o véu do silêncio.
Desculpa, mas não.
Sou muito mais para gritar por dentro e calar por fora.
 Catarina Faria
Eu sou um olhar afastado
SILÊNCIO QUASE FALADO..

quinta-feira, 10 de março de 2016

Pior do que se sentir perdida é perder-se em si mesmo..

Pior do que se sentir perdida é perder-se em si mesmo. No emaranhado do que você acredita misturado ao que você é ou era. O que você acredita, apostando corrida com o que você mais detesta. O que você tem, jogando palitinhos com o que você quer. Seu amor e suas dores na linha de chegada e o coração de juiz em dia de clássico.
Eu não sei se você entende o raciocínio de quem não tem raciocinado ultimamente ou se entende o porquê de certas coisas que não se explicam.
Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Mas quando a cabeça pensa demais será que nossa alma enriquece?

Você cheio de indagações e de táticas que não fazem o menor sentido. (pelo menos para você ou pelo menos naquele momento).
Suas certezas mudam, suas prioridades deixam de ser prioridades já que você nem sabe mais o que deseja. Até sabe, mas está tão longe e você tão cansado que o mais fácil é deixar que as prioridades te encontrem e você pode fugir do que não interessa. Seus princípios enfraquecidos te cobram uma atitude e você cobra a coragem.
Seus olhos pesam e seu coração já bate fraco. De tanto que bateu a vida inteira. De tanto chorar amor e fracassos. De tanto chorar pelo leite derramado você decide que se entender é complicado demais. O quente queima e o frio é gelado demais, vai o morno mesmo que não causa sensação alguma e no momento você não tem sequer condições de sentir algo. Sentir dá trabalho e trabalho acarreta uma série de responsabilidades. Responsabilidade é chato demais e não aquece seus pés nos dias frios.
Você enfim, opta por decidir somente pelo necessário. Pelo que realmente vai fazer alguma diferença em sua vida e desiste de tentar equilibrar-se, isso é para artista circense e você nem gosta tanto de circo. Melhor deixar assim.
Uma porta de saída e uma de entrada. O que vale fica e o que não vale que valesse. Nada de culpa ou de noites mal dormidas, nada de coração na boca em de frio na barriga.
Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva . Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende e a boca cala.
Fernanda Mello.
Pior do que se sentir perdida é perder-se em si mesmo..

RELAÇÕES PERIGOSAS..

Por que tantas mulheres estão se metendo em relações virtuais? O que buscam? Por que elas se apaixonam a ponto de confiar em um desconhecido sem se dar conta do risco que correm?
 Chega uma pergunta enviada pela internet na qual a ouvinte diz estar deprimida. Ela tinha um “namorado” de outra cidade e a relação acontecia no mundo virtual. Na intimidade ela havia se mostrado nua em sua webcam e agora sofria pois com o fim da relação ele havia fotografado uma das cenas e ameaçava mostrar a foto – inclusive ao filho dela.
O mundo virtual facilita a vida, as relações e é sabido que desde o lançamento da primeira edição da revista Playboy, mulheres nuas fazem sucesso. Na revista elas consentem, estão de acordo e receberam por isso – a meu ver, nada de errado. Nas fotos, nos vídeos e na profissão, mulheres ganham a vida com o próprio corpo, não vou me posicionar contra. Acredito na liberdade de escolha de cada indivíduo. O problema não está nem nas fotos nem nos vídeos, mas sim em mulheres carentes e imaturas buscando príncipes encantados em um ambiente onde cada um pode fingir ser quem quiser. Nessas relações elas não só caem na exposição indevida dos seus corpos, mas também são vítimas de golpes financeiros.
Desde que o mundo é mundo, nós mulheres nos apaixonamos com muita facilidade, procuramos amparo, idealizamos nossos sonhos e a nossa admiração. Buscamos “príncipes” que nos tirarão do borralho e nos falarão palavras bonitas. Somos todas presas fáceis tanto de serial killers ou golpistas estelionatários, quanto de homens que buscam aventuras, muitas vezes extraconjugais, e que, para isso, seduzem, mentem, juram amor. Talvez o que as mulheres busquem seja serem admiradas, desejadas - o que é muito saudável - porém, não se pode confiar tão cegamente assim em alguém que nunca se viu. O amor é um sentimento que implica sim numa certa cegueira, mas nem sempre sexo vem acompanhado de amor. Há alguns anos, assistindo um programa que a apresentadora Astrid Fontenelle gravava no aeroporto de Guarulhos, uma mulher, muito feliz aguardava por seu “namorado virtual” que chegaria da Austrália para busca-la para o “felizes para sempre”. Astrid resolveu aguardar com ela, afinal era esse o tema do programa. Depois de alguns minutos a mulher recebe um telefonema do tal homem, falando inglês, solicitando o depósito de um dinheiro em uma conta, alegando estar preso na polícia federal. A assistente da apresentadora pega o telefone, o sotaque dele era árabe e aos poucos, fomos vendo o castelo se desmoronar, ali, ao vivo, em frente ás câmeras. A tal mulher estava sendo vítima de um golpe. Foi triste de assistir.
Acredito que, as mulheres que têm sofrido com as consequências desse tipo de relação precisam descobrir porque “se apaixonam” assim tão rápido e com tanta facilidade, é preciso trabalhar as razões de tanta carência, tanta falta de amor próprio e de tanto desamparo. Amor nasce com o tempo, devagar, e é oriundo de uma relação real e próxima. Amor é calmo, vem lento e vai crescendo, alicerçado em confiança e cumplicidade. Sou defensora ferrenha do amor, mas desacredito que ele nasça antes que se olhe nos olhos, que se sinta o cheiro e as pernas tremendo pela presença daquela pessoa.
Como concluir em resposta a tal ouvinte, nada pode ser feito em relação a ter entrado numa roubada vinda de uma relação virtual, a não ser esquecer e aprender com a experiência de cabeça erguida, pois nossa sociedade ainda é muito mais machista do que pensamos. Pessoas ainda afirmarão que “a mulher é culpada” e que “se meteu nisso porque quis”. Sim, ainda somos vistas assim por muitas de nós mesmas! Desde a adolescência até a terceira idade, mulheres correm o risco de sofrer alimentando falsas esperanças de que “aquele” é o príncipe que chegará em seu cavalo branco. Esqueçam moças, e se quiserem assistir a dois filmes úteis sobre “príncipes” assistam Shrek e A Bela e a Fera. Naqueles personagens pouco principescos é que mora o amor.
Em proporção menor, claro que existem casos de casamentos muito bem sucedidos que nasceram de relações virtuais, mas a quantidade de mulheres se lamentando e sofrendo nos nossos divãs é muito maior. Acredito no bom uso da internet e das redes sociais, pode-se conhecer muita gente, fazer muitos contatos, mas relações de verdade, só existem no mundo real. O amor? Também.

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quarta-feira, 9 de março de 2016

Parabéns a todas nós, mulheres!!


Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça..."
Parabéns a todas nós, mulheres!! 
Dia 08 de Março é o dia de celebrar a vida das mulheres que fazem desse mundo um mundo melhor, mais gracioso, divertido e poderoso! Que acordam já guerreando para que tudo dê certo no final de cada dia. Que sabem que podem ir sempre mais além, pois não se limitam. Que não esperam por ninguém para Ter e Ser. Que não têm medo de demonstrar o que sentem, de agradarem e agradecerem aos que são bons para elas, e também de se afastarem de quem não são. E, claro, de perceberem quem é quem, pois a intuição raramente falha. Que são felizes, mesmo com o pouco tempo que sobra para ser só delas. Elas entendem de milagres, pois através de sua sensibilidade, caminham lado a lado com Deus. Elas tem fé na vida, fé em quem amam. Elas se apaixonam por detalhes, e mesmo que não percebam, o coração nunca muda, se mantendo sempre jovem, esperançoso e sonhador.
Nós mulheres queremos proteção, respeito, dignidade, cuidado. Queremos reconhecimento de quem somos. Queremos retribuições. Queremos beijos, abraços, gestos.
Somos delicadezas, somos superações, somos amor... 
Por isso, nós somos tão assim, mulheres, de corpo e alma, tão totalmente completas!!

 Infinidades por Andressa Badin Castro

‪‎8 de março. ‎ Feliz dia das mulheres..



Feliz dia a todas as mulheres, mães solteiras que ao mesmo tempo são como pais e sustentam sozinhas seus filhos. As Donas de casa que lavam, passam e cozinham para a família. "A todas as mulheres independentes que não precisam de homem pra p**** nenhuma". A todas as mulheres que já sofreram violência verbal, física, moral e lutam diariamente para superar isso, dentro e fora de casa. A todas nós mulheres que matam dez leões por dia, que menstruam todo mês, que carregam seus filhos durante 9 meses na barriga, que desviam dos olhares maldosos nas ruas, que lutam pelos seus direitos no trabalho e que mesmo assim não têm seu devido valor. A nós mulheres que precisamos estar sempre bem vestidas, com o corpo em forma, com o cabelo no lugar, com a maquiagem impecável e aquelas que se descuidam pelo cansaço da correria do dia a dia e que não ligam tanto para a aparência. 
Sejamos felizes no nosso dia! Não queremos parabéns nem flores, queremos igualdade, respeito e reconhecimento.
- Maíra Cintra

terça-feira, 8 de março de 2016

Mulheres..




Mulheres...

Que neste dia 8 de março, desta realidade atual, se faz necessário, que cada um nós refletimos, cada vez mais, sobre um ser que sabemos o quanto são de suma importância, na vida de cada um...

Com elas o nosso centro de equilíbrio não se perde, diante da rotina louca do cotidiano....

Quando nos falta força, esta mesma força reaparece, através de um abraço, de um olhar, de uma palavra sincera e franca, de um sorriso, que vem de vocês mulheres...

Sim meu amigo, sexo frágil, bem não é mais como na época que surgiu tais palavras(sexo frágil)... Pois com o passar dos tempos, elas(Mulheres) evoluíram e muito, e podem sim dominar o mundo com seu olhar diferente ... beleza unica, inteligência sem igual...(apesar que o mundo de muitos de nos não é mais o mesmo sem elas...)

A nós homens, cabe o respeito, admiração, mentes abertas, aceitar e apoiar, quando elas assim precisar e mesmo quando não precisar, esteja lá, faça a diferença, nunca a deixe cair, pois a vida é dura...

A vocês mulheres, fica o respeito, e o agradecimento sem igual deste que vos escreve, por nos agüentar por tanto tempo assim, pois aprendemos muito com vocês, e seu Deus colocou vocês na vida de cada um de nós, é porque nesta grande jornada da qual trilhamos, não seria possível fazer sozinhos, sem vocês ao nosso lado!!

Que Deus Abençoe a todas vocês Mulheres, e Parabéns pelo seu dia.



Mas o que faz uma mulher ser especial?



Mas o que faz uma mulher ser especial?
Uma mulher especial sabe que o mundo está longe de ser ideal, mas se encarrega de dizer “vai dar tudo certo” e arregaça as mangas para fazer o que lhe cabe pro dia terminar bem.
Uma mulher especial entende que não é possível abraçar todas as causas, mas nem por isso deixa de fazer sua parte. Ama, luta, ora e dá o seu melhor por aquilo que tem fé.
Uma mulher especial olha para o espelho e aceita suas imperfeições com bom humor, confiante de que pode driblar o tempo com muita bossa e borogodó.
Uma mulher especial se presenteia de vez em quando. Corta o cabelo, faz depilação, pinta as unhas de vermelho, experimenta uma roupa nova, lê um livro bom. Aprendeu, com a maturidade, que não precisa dar conta de tudo se primeiro não ser conta dela. Faz exames, papanicolau e mamografia, toma um bom vinho e assiste a um filme novo no cinema.
Mulheres especiais usam salto alto, anabelas, sapatilhas, chinelos de dedo ou simplesmente andam descalças, certas de que não é o calçado que faz seus passos firmes, e sim a vontade de resistir, dia após dia, pé ante pé.
Uma mulher especial sabe que a vida é muito curta para ser levada à sério, e por isso releva pequenos dramas diários cantarolando uma música nova enquanto enfrenta o trânsito da cidade ou passa roupas na varanda...
__ Fabíola Simões.___