terça-feira, 12 de novembro de 2013

CUIDE-SE.

Vá!
Fale mal do mundo enquanto eu faço versos.
Investigue a vida alheia. Faça calúnias.
Invente histórias em que você não está.

Vá!

Mas vá logo!
O que você espera?
Flores, perdão...
Ou um sentimento barato pra se enfeitar?

Vá!

Fale mal de mim enquanto eu faço versos.
Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte.
Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz.
Meu coração tão leve - daqui - te sente:
Tanta falta de amor por si mesmo, porquê?
Queria  dizer, me desculpa a audácia:
Do mundo, a gente pouco leva:
O que viu ali.
O que sentiu.
O que leu...
O que fez por alguém e por si mesmo.
O que foi, quase por engano.
Da vida, meu amigo, a gente só leva o coração.
E o meu é poesia. Música. 

E uma leve descrença no ser humano que eu não posso evitar.
E o seu?

Vá!

CUIDE-SE.
Mas cuide DE SUA VIDA.
Sempre é tempo de mudar e se fazer feliz."
(Da série: “Mil maneiras educadas de mandar alguém à merda”)

A POESIA HOJE É VOCÊ.

Tem gente que nasce assim: 

POESIA CHEIA DE SIM.

Tem um jeito fácil de amar

Um sorriso que só faz encantar

Me desarma e me mata de rir

MALU, EU VOU TE ROUBAR PRA MIM.
 
 

COMIGO PRA SEMPRE.

"Tudo o que eu queria era que você mudasse um pouco, só um tiquinho mesmo, e me fizesse uma surpresa boba dessas iguais de filme, só pra eu achar que você é louco, muito louco por mim. Aí eu te olharia nos olhos, te daria um abraço daqueles bem absurdos, você acharia graça de como eu fico feliz com pouco, e me entregaria um bilhete em um guardanapo, escrito com caneta azul: FICA COMIGO PRA SEMPRE.
E eu diria que sim - mesmo sem saber até quando o "sim" nos caberia -, algumas lágrimas escorreriam e borrariam minha maquiagem, e os créditos surgiriam na tela. Sem patrocínio. Sem apoio. Sem a luz certa. Apenas com o nosso esforço que, afinal, sempre foi SÓ nosso".


AONDE VOCÊ GUARDA O QUE VOCÊ SENTE?

AONDE VOCÊ GUARDA O QUE VOCÊ SENTE?





Existem coisas que ficam gravadas na memória da gente: músicas. Cheiros. E roupas.
Não tem jeito. Você sente aquele cheiro e se lembra (na hora!) daquele abraço. Você ouve aquela música e volta – mentalmente – para aquele dia, naquela viagem... Você abre seu armário, vê aquela blusa e - instantaneamente – retorna dois anos, onde autografava seu primeiro livro. Ou dava aquele beijo que tinha o gosto do som dos Stones.  (Existe coisa mais inesquecível que um beijo rock´n roll?).

É. A memória nos prega peças. E nos faz lembrar o que a gente não quer esquecer. E – também – o que fingimos que nunca existiu.
Por isso, faço com os meus sentimentos o mesmo que faço com os meus armários. Ao arrumá-los, defino três caixas: DESAPEGAR. TALVEZ. E GUARDAR.
Para o que não tem preço e só nos faz bem, a regra é única (e simples): a gente guarda, de preferência, com toda a delicadeza do mundo. Existem coisas que valem a pena! (Mesmo que, aos olhos dos outros, estejam fora de moda).
Com o que a gente tem dúvida – seja porque foi recente, a oferta estava incrível e agimos por impulso – a gente coloca no TALVEZ. E estipula um prazo para se resolver.  (Se a caixa do TALVEZ crescer além da conta, lembre-se: colecionar incertezas só nos faz mal. Portanto, analise-se. E bote ordem na casa!).
Com o que não nos serve mais, não combina com quem somos ou – simplesmente – não nos traz nada de bom, a dica é uma só: desapegue sem remorsos. E deixe espaço para o novo entrar. Sem melancolias. Sem saudades. Sem medo de ver o vazio.
Pra mim, não existe exercício mais poderoso do que o de “deixar ir”. É difícil, mas faz um bem danado! Porque nos faz olhar pra dentro. Nos faz encarar quem somos. E – principalmente – nos faz enxergar que mudar é a única maneira de crescermos.
Portanto, ao arrumar suas inúmeras gavetinhas (de dentro e de fora), tenha em mente: GUARDE O QUE É RARO. ANALISE O QUE NÃO ESTÁ CLARO. CUSTOMIZE O QUE É CARO. E DÊ ADEUS AO QUE PAROU DE RIMAR FAZ TEMPO.